
Dia desses estava o Vaga-Lume a sentir um pouco de inveja das estrelas:
- Felizes são as estrelas, que estão pertinho do céu! Eu queria ser
uma delas, eu queria ser visto por todas as pessoas do mundo inteiro!
A noite estava linda. Quase não se via a cor azul do céu com tantas estrelas juntas, brilhando.
Foi quando uma estrelinha em especial chamou-lhe a atenção:
- Porque perdeu o brilho a Estrela? Porque esta tão triste? Pensou intrigado.
Vaga-Lume sentiu uma vontade enorme de se aproximar da estrelinha, de fazer-lhe carinho, ou cócegas no seu pezinho, só para vê-la sorrir.
Naquela noite, voltou para sua casa pensativo e inquieto.Voava baixo e cabisbaixo. Não parava de pensar na estrelinha solitária.
- Porque será que chora a Estrelinha? Pensava.
Vaga-Lume não conseguia adormecer. Contou carneirinhos. Muitos carneirinhos.Um, dois, três, quatro... Nada do sono chegar. Só de manhãzinha adormeceu.
Quando acordou, estava determinado:
-Vou descobrir o que acontece com a Estrelinha.
O dia demorou a passar. Vaga-Lume contava os segundos para que o sol se escondesse e as primeiras estrelas surgissem.
Assim que a noitinha chegou Vaga-Lume olhou para o céu. Era noite de lua nova, que estava bem pequena. Então as estrelas fizeram um concurso para ver quem luzia mais. O céu ficou super iluminado!
Só a Estrelinha não brilhava.
Vaga-Lume voou em sua direção. Quando chegou pertinho dela foi logo dizendo:
-Oi Estrelinha! Posso me aproximar? Posso ser seu amigo?
-Não sei “moço” que brilha, meu pai pode não gostar. Respondeu a Estrelinha, com o
rostinho assustado.
-Sou “moço” bom Estrelinha, não tenha medo de mim.
Sentou-se ao lado da pobre e perguntou:
-Porque você não brilha Estrelinha? Porque está tão triste?
- Ah... - Respondeu a Estrela. Queria ser vaga-lume.
Quase não segurando o riso ele perguntou:
- O que tenho eu de especial para você querer ser igual a mim?
-Quer mesmo ser meu amigo? Então chegue mais perto que vou lhe contar. Disse a estrelinha.
Ficaram ali horas e horas conversando e nem viram o tempo passar.
Vaga-Lume achava graça na Estrelinha.
Quando percebeu, Estrelinha tinha adormecido, deitada em seu ombro.
Vaga-Lume ficou feliz porque a Estrelinha tinha mudado de cor. Já não era mais uma estrela apagada. Ela estava brilhante e feliz porque tinha ganho um amigo.
E ele que já tinha todo aquele brilho, ficou ainda mais reluzente! O brilho da estrela refletiu no Vaga-Lume, deixando-o ainda mais luminoso. Entre todos os vaga-lumes daquela redondeza, era o que mais brilhava.
Já nem queria mais ser uma estrela. Queria ser vaga-lume mesmo. Estava tão feliz porque descobriu sua vocação. Sua vocação era fazer a Estrela brilhar.
Por isso hoje não existe mais estrela sem brilho no céu.
É que toda a vez que o Vaga-Lume percebe que uma estrela esta ficando sem brilho ele voa para pertinho dela.
Juntos possuem muita, muita luz.
À noite quando estiver no jardim, ou na rua, procure um vaga-lume. O vaga-lume é um besouro, um inseto que parece uma “lanterninha”, que brilha, brilha muito. Ele brilha como se uma estrela pequenininha tivesse descido do céu para nos fazer uma visita.
Vamos dar boas vindas ao Vaga-Lume?
Um comentário:
COmO sempre ,seus blogs são o máximo.Não canso de ver.
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